quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Dia do fogo [nota astrológica]



A Lua minguante em Leão caminha de encontro a um trino com Júpiter. Leão é onde começou a última lunação, com 6 dos 7 planetas em signos de fogo: e o que vimos esse mês foi literalmente, um incêndio de proporções continentais.

A dor da floresta queimada - que choveu como cinza sobre o sudeste - dispensa comentários. Talvez seja bom frisar que o fogo teve autoria: não existe incêndio natural na Amazônia, não é parte de seu ciclo sazonal pegar fogo (ao contrário do cerrado). Se está em chamas, pode pensar que alguém ateou.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Mundo desnudo [nota astrológica]



A Lua quase cheia em Aquário aplica um sextil com Júpiter, que voltou ao movimento direto. As nuvens se abrem. Júpiter em Sagitário, signo de fogo. 5 dos 7 planetas em signos de fogo, 4 deles no fogo fixo de Leão. A luz e o calor abundam: everything is illuminated. Além disso, hoje temos o cazimi de Vênus: a estrela do amor chega ao coração do Sol, onde sua força é sublimada e absorvida pelo Sol. O Sol purifica pelo fogo, e Vênus ela mesma governa a purificação.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Horóscopo de meia-noite [nota astrológica]



Horóscopo de meia noite

porque a Lua cresce em Capricórnio, correndo por um vazio. Se despede de Saturno sem fazer aspectos.

Lua já bem cheia, quase cheia, ganha tempo pra cobrir com sua luz a casa de Saturno. Lua com a Cauda do Dragão, que chicoteia.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Devir Imperceptível [nota astrológica]



Lua em Virgem vai de encontro a Júpiter.

Virgem pertence a Mercúrio, o planeta que cabe no bolso, senhor das gavetas e escrivaninhas. Lua e Mercúrio em mútua recepção, favorável aos contos e às contas.

Júpiter, contrariamente, é o maior planeta. E por isso é dele o Céu azul, e outras instituições desta ordem.

Entre os dois se forma uma quadratura, com a Lua crescente por cima. É bom quando a Lua crescente vai de encontro a Júpiter, uma lente de aumento sobre sua generosidade. Mas no momento ela ainda tem pouca luz, Mercúrio está parado - e Júpiter retrógrado . A hora de extrapolar ainda não chegou. Mas está perto.

Por enquanto, crescemos de duas formas. A primeira é microscópica, porém visível. Com as vistas no céu, vamos desatando nós, pequenos nós, um por um. Menos é mais. A segunda é macroscópica, porém invisível. Um filósofo francês, Gilles Deleuze, fala da viagem imóvel. Ele ensina a viajar sem sair do lugar, quanto menos movimento melhor - o movimento espanta os devires.

Da mesma forma, é possível no momento crescer de forma invisível. Os poderes do mundo, e seu falso deus o CONTROLE - jamais entenderão isso. E o que os poderes não entendem está livre pra vicejar segundo o próprio princípio.

Iago Pereira
(imagem: Laís Rodrigues - Fotolinguagem)