Capilé e Torturra no Roda Viva |
Em uma das recentes polêmicas que se espalharam pelo Facebook, me convidaram pra visitar uma das casas FdE e conhecer com meus próprios olhos. O FdE já é objeto de discussão e crítica na esquerda há uns bons anos, embora tenha sido só agora - após um artigo do Reinaldo Azevedo na Veja e a gloriosa entrevista pelos dinossauros da mídia no Roda Viva - que o assunto realmente atingiu o escrutínio público.
Eu topei de bom grado o convite pra ir visitá-los. Sinto que o FdE me tange bastante pessoalmente, por uma miríade de razões. Em 2011, quando emergiram as primeiras polêmicas sobre o FdE quando do artigo crítico do Passa Palavra, foi à filosofia Deleuze e Guattari (filtrada através de seus discípulos Hardt e Negri) que defensores do FdE recorreram para tentar defender a pertinência política de sua prática. Porém, como leitor de longa data desses autores, me é clara a contradição entre as frequentes exortações à prudência oriundas da dupla de filósofos, e o entusiasmo dos pró-FdE com o "novo", "digital", 2.0, como se novo significasse automaticamente "bom" ou "melhor". Se os inimigos da humanidade puderem, inventarão novas formas de dominação a cada dia... Algo já não cheirava bem aí.