sexta-feira, 8 de julho de 2016

O Futuro da Magia


Quando adentrei na Magia, inicialmente sob o viés da Magia do Caos, ergui a bandeira da  técnica enquanto possível "língua franca" não-sectária entre as diferentes escolas espirituais. Acreditava que uma simples dose de  pragmatismo poderia resolver o barulho e incompreensão da dispersão de vozes, correntes e caminhos que é o Sagrado. Bastaria jogar mais duro com a razão, mudando o foco da conversa rumo à aquilo que pode ser observado: técnicas e resultados. Foi esse ponto de vista que me levou ao movimento online do Pragmatic Dharma, um grupo de blogs, websites e foruns de meditadores interessados em abordar o caminho espiritual sem os excessos dogmáticos da participação religiosa. O budismo Theravada (e sua cria o movimento vipassana) serviu de ponto de partida, sendo Theravada a mais "seca" e técnica das correntes do budismo - que é arguívelmente uma das mais secas religiões - e com "seca" quero dizer avessa a prestar concessões ao imaginário e intuição mítica populares (buscando livrar-se dos entretenimentos e consolações da neurose coletiva). Com o trabalho da dupla britânica do Baptist's Head, confluíram o Pragmatic Dharma e a Magia do Caos - e a noção de iluminação, que por milênios compôs o caroço das tradições espirituais, foi reinserida pela dupla britânica  no horizonte memético da Magia do Caos.