segunda-feira, 26 de julho de 2021

Júpiter em Aquário outra vez - e a variante Delta

Na quarta-feira Júpiter volta a Aquário. Conforme venho dizendo, Júpiter são os pulmões; o Covid se espalhou a partir da conjunção de Júpiter e Saturno em Capricórnio, com os pulmões em queda e o domínio de Saturno.

Saturno está já há alguns anos nas próprias casas, Capricórnio (2018-2020) e Aquário (2021-2023). Saturno domiciliado vai fazer o que mais gosta: destruir tudo que é frágil - no caso, as pessoas idosas, imunocomprometidas ou portadoras de co-morbidades - mas também aqueles que não entram no jogo de Saturno e recusam-se a a adotar as medidas necessárias de contenção.

A chegada de Saturno em Aquário trouxe ao Brasil o isolamento e o primeiro pico da doença; sua retrogradação a Capricórnio mostrou algum alívio, mas em seguida, com o ingresso definitivo de Júpiter e Saturno em Aquário na virada de 2021, tivemos a segunda onda, muito mais mortífera, com a variante Gama - oriunda de Manaus.

Saturno se alegra em Aquário; seus temas se tornam motivo de alegria. Máscaras, isolamento, restrição (a alegria de sobreviver à doença); mas também os bilionários, e aqueles que repousam sobre a hierarquia social e sugam valor do trabalho alheio - também se alegraram, tendo ganhos recordes; e também os que vivem de acumular e reter (bancos). Nesse tempo, fracassam, novamente, aqueles que são frágeis - os pequenos comércios e os proletários. A alegria de Saturno raramente é a alegria da maioria de nós; quando o grande maléfico se alegra, há também sofrimento, sufocamento da vida e luto.

Conforme Júpiter se livrou de Saturno e entrou em Peixes, no mês de Maio deste ano, vimos a pandemia começar a arrefecer. As vacinas mostraram seu efeito; vários países ensaiaram reaberturas, tendo mais da metade da população 100% vacinada. Júpiter em Peixes, na própria casa, trouxe a alegria dos pulmões, e um sopro de esperança. Mas agora volta a Aquário, e uma variante extremamente mais transmissível vem se espalhando pelo mundo - a variante Delta, originária da Índia. Os países que estão reabertos já estão sofrendo um tranco, embora com um número proporcionalmente mais baixo de mortes; e os que não tem a população devidamente vacinada estão sendo devastados. O pior risco é que, com um novo round de infecções, tenhamos ainda novas variantes aparecendo, e na verdade isso é bem provável; a grande questão é termos a sorte de que as futuras variantes não consigam driblar significativamente as vacinas.

Eu de fato vim falando que essa passagem de Júpiter em Peixes traria algum alívio, mas que o fim da pandemia, mesmo, só deveria vir com a sua entrada definitiva em Peixes em janeiro de 2022. Talvez até além - Saturno ainda permance em Aquário até meados de 2023, embora com Júpiter liberado, e a vacinação atingindo a maioria da população, creio que será um novo capítulo, com diferenças marcantes em relação ao que vivemos de Júpiter aflito em 2020 e 2021.

Não existiam vacinas no período clássico da astrologia, então está aberto o debate a que planeta pertencem. A palavra vacina vem de "vaca", animais de natureza jupiteriana; vacinas tem uma ação protetora, enão tem algo de benéfico; empregam uma pequena dose de "mal" (como DNA viral, ou virus atenuados) para fins didáticos (Júpiter). Ao contrário das máscaras e do isolamento, que (psicologicamente) nos sufocam, enquanto protegem o corpo, as vacinas não cobram um preço significativo; seus efeitos adversos costumam ser leves e curtos, enquanto os efeitos benéficos são incontáveis vidas humanas salvas, e agora, a própria chance de reabertura.

Que 2022, com Júpiter em Peixes, traga a vitória definitiva das vacinas, o fim do isolamento e a alegria de viver, novamente, sob o céu aberto! E até lá, vacinados ou ainda por vacinar, mantenhamos a cautela, pois o tabuleiro ainda está nas mãos de Saturno.

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Iago Pereira

Imagem: John Craig

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