Foto: Diogo Dias Soares (link) |
Como tem gente estilosa em BH. Década entra, década sai e de repente a moda me alcançou! - & eu me vejo em uma Belo Horizonte cyberpunk, tipo as visões afrofuturistas do Parliament/Funkadelic, ainda aquele clima estranho de mistura de classes e movimentos que caracterizou o caldeirão (contra/multi)cultural do viaduto, e veio a semear as revoltas de 2013 pelas bandas daqui.
Numa beirada da Aarão Reis um par de DJs (brancos) fazia música eletrônica, coisa boa, feita-na-hora sabe-se lá por que engenho, e sai um resultado tão a cara do ChocoChurros (minha banda 8-bits que desde o início só quase existiu) que eu me sinto redimido por ter falhado em marcar presença pública com meu som. Dancei um desbalde. Uma coroa bêbada e de classe baixa se apaixonou por mim, tentou beijar minha boca um par de vezes (contra minha vontade), e banharam minha roupa de catuaba. Teve cumbia, teve "Tropicália" e "No Rain" do Blind Melon remixados. Enfim. Eu estava em meu lugar.