quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Mundo desnudo [nota astrológica]



A Lua quase cheia em Aquário aplica um sextil com Júpiter, que voltou ao movimento direto. As nuvens se abrem. Júpiter em Sagitário, signo de fogo. 5 dos 7 planetas em signos de fogo, 4 deles no fogo fixo de Leão. A luz e o calor abundam: everything is illuminated. Além disso, hoje temos o cazimi de Vênus: a estrela do amor chega ao coração do Sol, onde sua força é sublimada e absorvida pelo Sol. O Sol purifica pelo fogo, e Vênus ela mesma governa a purificação.

Com a Lua no signo oposto, Aquário - a vista vem de longe. Para todos está clara a Vênus revelada, Venus in furs: o Sol reina sobre todos, não há igualdade na terra do Sol, Ele cuja natureza é o brilho, cujo brilho é diferenciação, Sol que é fonte de toda diferença.

Didaticamente, nos é mostrado: o amor é dominação, mesmo que não tenha de ser, graças à Deusa, autoritarismo.

Dominação não de um pelo outro, mas de um futuro sobre o presente, de um sobre dois, fatal atração da criatura pelo seu criador, fatal atração dos amantes pelo orgasmo e da vida pelo seu devir. Um universo morre conforme damos de amar a um universo que exige nascer. É preciso amar o fim de um mundo. E emborra Júpiter instigue a pensar assim, em termos grandes, a quarta-feira é de Mercúrio, que me pede pra lembrar dos micro-mundos também. O Sol domina pois sua luz - com ajuda da Lua - atinge até os pequenos poros do entendimento. Amanhã é Lua Cheia! O céu se abre.

Iago Pereira
(imagem: George Frederick Watts, "After the Deluge" ~1886)
(para ouvir: Jeff Ball feat. Laura Intravia, "Smoke and Clouds (Locke)")

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