quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Última Flecha de Amor [nota astrológica]



[Lua em Sagitário sitiada pelos benéficos - 31 de janeiro de 2019]

Nesta quinta-feira, dia de Júpiter, a Lua amanhece sob seu domínio em Sagitário - signo místico de profetas, visões e fervor inspirado. A Lua é a maré do mundo, e quando vai bem, todos compartimos de sua alegria.

Lua segue de encontro a Vênus, flanqueada dos dois lados pela conjunção com os planetas benéficos. Chamamos essa situação de sitiamento pelos benéficos.


As bençãos chovem dos céus, ao menos pra quem tem olhos pra ver. Só se sente maldito quem preferiu cerrá-los. O mundo da matéria é cruel em suas dores e amargura, mas o mundo da alma lhe está acima - e é pura generosidade. É por isso que o perdão dos Céus está sempre disponível: até o pior dos erros da alma é só um acidente, uma distorção do acerto fundamental. Basta mirar nesse acerto que as sombras desaparecem.

Depois de completar o aspecto com Vênus, no meio da tarde, a Lua segue em inércia até cruzar pra Capricórnio - cerca de dez da noite. Dentro de um par de dias Vênus também acha seu caminho pro signo do bode-peixe. Esta é, portanto, a última ativação (por parte da Lua) da conjunção Júpiter-Vênus que nos protegeu em janeiro (sobre a qual eu escrevi mais aqui: https://bit.ly/2MK60uL). Conjuntos em Sagitário, prazer e virtude se alimentaram como o ar alimenta a chama. Com Vênus em Capricórnio, o sinal se inverte. Relembramos que amor é serviço e abnegação. Aprendemos a amar no escuro. Aprendemos a amar em silêncio. O objeto de amor pode nos abandonar, mas o amor, ele mesmo, é a estrutura que mantém o universo - e portanto está conosco mesmo na solidão.

Iago Pereira

(imagem: Friedrich Seidenstücker)

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