Haja amor no coração pra ler comentário de reaça em site de notícias. Mas até esse infortúnio serve pra uma coisa: lembrar que não estamos na Terra à passeio. O poço da escuridão é fundo, fundo mesmo. Cada um tá num tempo, o mundo é e sempre foi uma diversidade de ritmos. Sempre foi um lugar de muita grosseria, muito ódio gratuito, muita cegueira. Talvez venha sempre a ser, mas ainda assim, acredito que vale mais a pena viver pela aposta de que é possível melhorar esse cantinho nosso, em especial através do cultivo cuidadoso da consciência, da transcendência do egoísmo através da consciência. (e não há ferramenta pra esse fim que seja mais certeira e provada pelo tempo que a meditação). Acredito que uma mudança minúscula, uma pequena diferença, é infinitamente melhor que mudança nenhuma, e talvez - alguns de nós - sejam capazes também, eventualmente, de fazer grandes diferenças.
sábado, 24 de outubro de 2015
Comentário de reaça
Haja amor no coração pra ler comentário de reaça em site de notícias. Mas até esse infortúnio serve pra uma coisa: lembrar que não estamos na Terra à passeio. O poço da escuridão é fundo, fundo mesmo. Cada um tá num tempo, o mundo é e sempre foi uma diversidade de ritmos. Sempre foi um lugar de muita grosseria, muito ódio gratuito, muita cegueira. Talvez venha sempre a ser, mas ainda assim, acredito que vale mais a pena viver pela aposta de que é possível melhorar esse cantinho nosso, em especial através do cultivo cuidadoso da consciência, da transcendência do egoísmo através da consciência. (e não há ferramenta pra esse fim que seja mais certeira e provada pelo tempo que a meditação). Acredito que uma mudança minúscula, uma pequena diferença, é infinitamente melhor que mudança nenhuma, e talvez - alguns de nós - sejam capazes também, eventualmente, de fazer grandes diferenças.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
E agora que a revolta é pop?
É possível até ter saudades de 2012. Antes da dita "Primavera Brasileira", vivíamos um cenário aparentemente simples. A maioria omissa mantinha o silêncio; uma minoria de fascistas clamava a volta da ditadura, e uma minoria de esquerdistas radicais clamava (como sempre) por revolução. A maioria omissa, claro, favorecia a manutenção do status quo, que desde a primeira posse governamental do PT significava barganha política com os coronéis em troca de avanços sociais-democráticos - o empresariado estava feliz, os ruralistas estavam felizes, os evangélicos em franca ascensão junto ao poder de consumo da classe C. Só um bando pequeno de empresários ligados aos tucanos talvez reclamasse, mas sua voz não importava enquanto o Brasil crescia a 5% ao ano.
Quem ia à rua, então, eram apenas os movimentos identitários e miscelânea radical de esquerda. Incitar a revolta parecia a melhor opção; era preciso acordar as pessoas do transe induzido pelos produtos baratos chineses, e alertá-los de que o mundo estava sendo destroçado, de que ainda se matava pretos na favela e índios na roça, de que as mulheres ainda não podiam decidir por seus próprios corpos, de que a renda era distribuída de forma insustentavelmente desigual.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Impressões da Praia da Estação de Ontem
Foto: Diogo Dias Soares (link) |
Como tem gente estilosa em BH. Década entra, década sai e de repente a moda me alcançou! - & eu me vejo em uma Belo Horizonte cyberpunk, tipo as visões afrofuturistas do Parliament/Funkadelic, ainda aquele clima estranho de mistura de classes e movimentos que caracterizou o caldeirão (contra/multi)cultural do viaduto, e veio a semear as revoltas de 2013 pelas bandas daqui.
Numa beirada da Aarão Reis um par de DJs (brancos) fazia música eletrônica, coisa boa, feita-na-hora sabe-se lá por que engenho, e sai um resultado tão a cara do ChocoChurros (minha banda 8-bits que desde o início só quase existiu) que eu me sinto redimido por ter falhado em marcar presença pública com meu som. Dancei um desbalde. Uma coroa bêbada e de classe baixa se apaixonou por mim, tentou beijar minha boca um par de vezes (contra minha vontade), e banharam minha roupa de catuaba. Teve cumbia, teve "Tropicália" e "No Rain" do Blind Melon remixados. Enfim. Eu estava em meu lugar.
terça-feira, 30 de junho de 2015
Máquinas Invisíveis
art by Larry Carlson |
Você pode ouvir o barulho das máquinas trabalhando? Isso que a gente chama de realidade diurna me parece mais um frenético sonambulismo, e cada passo que se desdobra na matéria são cem mil passos do Outro Lado da tela. A vida humana surge numa descarga elétrica, a colisão do cometa-esperma e o planeta-óvulo, BOOOOM! - aí vem a montanha russa neste circo louco & quem tem chance de parar e se perguntar "pra onde eu tô indo" geralmente adquire um mínimo de perspectiva após vá lá duas décadas. Enquanto isso, nosso caminho se traça entre os trancos e esbarrões da mistura de nosso singulares impulsos vitais, os condicionamentos sociais a que somos submetidos e os acidentes da vida.
domingo, 28 de junho de 2015
O próximo passo
É preciso andar pra frente. Jesus na cruz já não mais basta, aliás, ninguém mais suporta. É preciso voltar a enxergar com os olhos do Cristo vivo, aquele que vivia em Si o Reino do Céu assim como vivem as Crianças e os Animais (a natureza viva, energia móvel e descondicionada), o mesmo Cristo cuja morte foi selada pelo povo, abandonado por seus próprios seguidores (salvo, claro, as mana mais firmeza), o mesmo Cristo que chutou os mercadores do templo e que trouxe não a paz mas a espada! E fizeram uma religião da Morte da Energia Viva, uma pedra pra selar o túmulo daquele que no entanto volta em cada Criança, em cada Animal, e precisa ser de novo, e de novo, assassinado, pela pedra que lhe puseram em cima. A Criança e os Animais são, ademais, todos nós. E também, em nosso centro, somos Cristo. Resta a tarefa de realizar isso cada um a partir de seu próprio centro. Isso é andar pra frente.
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domingo, 24 de maio de 2015
The Book of Law according to the I-Ching
Horus by Neutralie |
I asked the I-Ching the following question:
What's the pertinency of the Book of the Law for humankind?
As a result I got the 6º hexagram, "Conflict" (originally termed "Sung"), with the 2º and 4º line in transition, taking us to the 20º hexagram, "Contemplation" (originally termed "Kuan"). (1)
sábado, 11 de abril de 2015
O Livro da Lei segundo o I-Ching (parte 3 de 3)
Perguntei ao I-Ching: "Qual a pertinência do Livro da Lei para a humanidade?"
Meu resultado foi o hexagrama Sung, "Conflito", com a 4ª e a 6ª linha móveis, que nos conduzem ao hexagrama Kuan, "Contemplação":
quinta-feira, 9 de abril de 2015
O Livro da Lei segundo o I-Ching (parte 2 de 3)
Perguntei ao I-Ching: Qual a pertinência do Livro da Lei para a humanidade?
Na parte 1 deste post, analisei o hexagrama "Sung", Conflito, que expressa a situação da humanidade logo antes da recepção do Livro da Lei. Agora, a parte cremosa!
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O Livro da Lei segundo o I-Ching (parte 1 de 3)
Em comemoração ao feriado thelêmico dos 3 dias da escrita do Livro da Lei, decidi compartilhar com vocês uma divinação (e sua análise) que realizei através do I-Ching. A pergunta é:
Qual a pertinência do Livro da Lei para a humanidade?
Como nem todo mundo tá por dentro do que estou falando, começo explicando o que é o I-Ching, e o que é o Livro da Lei.
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